Avô homicida falta ao funeral da família

Pai de Paulo Silva cumpriu pena pela morte da mulher.

02 de maio de 2015 às 09:27
Paulo Silva, homicida, funeral Foto: Eduardo Martins
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Joel, de 16 anos, é o único sobrevivente do massacre que lhe levou a família mais próxima e nunca conheceu o avô paterno. Abílio da Silva, pai do homicida confesso, também já esteve preso pelo mesmo crime – matou a mulher e esquartejou-a, tendo atirado os restos do cadáver para um galinheiro. Paulo Silva, de 44 anos, era apenas uma criança na altura e terá visto tudo. Nunca mais quis ter contacto com o pai e chegou a dizer que, por aquilo que viu, seria incapaz de ser violento. No entanto, na manhã de terça-feira, matou quatro familiares por causa de um terreno.

Abílio era natural de Estela, na Póvoa de Varzim, mas foi para os arredores de Lisboa viver com a mulher, Maria de Lurdes, e com o filho. Depois do crime macabro, há 30 anos – foi condenado a 25 anos de cadeia – esteve apenas uma vez na freguesia, para o funeral da mãe.

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"Só esteve lá em casa um bocado, antes de os irmãos chegarem, porque ninguém se dava bem com ele", contou ao CM uma vizinha da família.

Depois do quádruplo homicídio, Joel perdeu a família mais próxima. Está, para já, a viver com a tia paterna, tal como a irmã mais nova, de apenas dez anos. O avô homicida não esteve nos funerais, que tiveram lugar na sexta-feira.

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Em Estela, diz-se por todo o lado que a sede de matar está no sangue da família Silva. Conta- -se que também um irmão de Paulo, residente em França, já tentou matar a mulher. "Ela ainda é minha prima. O irmão do Paulo apontou-lhe uma faca ao pescoço, mas ela reagiu. Conseguiu tirar-lhe a faca e ficou toda cortada nas mãos, mas fugiu", explica o familiar da vítima. "Isto é coisa de família", dizem os moradores em Estela.

Sobre Paulo, há quem conte que já tentou matar uma ex- -companheira, com quem viveu em França e que só regressou a Portugal depois desse crime.

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