Bombeiros Sapadores invadem escadaria da Assembleia da República durante protesto
Bombeiros reivindicam os "acertos salariais para compensar o aumento da inflação".
Os Bombeiros Sapadores invadiram a escadaria da Assembleia da República (AR) durante um protesto na manhã desta quarta-feira.
Entre fumo, petardos e gritos, os Sapadores colocaram uma farda a arder, invadiram a escadaria da AR e envolveram-se em confrontos com os polícias que tentavam travá-los.
Os bombeiros cantaram o hino nacional, depois de terem gritado uma única palavra de ordem: "Sapadores". As escadarias da AR acabaram por ficar cobertas de fumo negro, enquanto na rua, cortada ao trânsito, uma grua num camião erguia um caixão com um 'bombeiro' morto.
Os operacionais reivindicam os "acertos salariais para compensar o aumento da inflação" e a regulamentação da carreira, lamentando a "falta de resposta" dos vários governos.
A manifestação é promovida pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS).
"Os bombeiros sapadores reivindicam acertos salariais para compensar o aumento da inflação, conforme foi atribuído às demais carreiras da função pública", disse o presidente do SNBS, Ricardo Cunha, citado num comunicado.
Pelas 15h30 os bombeiros sapadores começaram a desmobilizar da escadaria da Assembleia da República, que ocuparam por completo ao início da tarde.
Ministra da Administração Interna diz que o patrão dos bombeiros não é o Estado e sim as autarquiasEm declarações aos jornalistas, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco garantiu que os bombeiros que protestam esta quarta-feira em frente à Assembleia da República dependem das autarquias e não do Estado. Segundo a ministra, as negociações com os profissionais relativamente ao estatuto de bombeiro "estão a decorrer a um bom ritmo".
Margarida Blasco reforçou que o Governo privilegia o "diálogo" e agradeceu às autoridades "pela maneira como defenderam a paz pública, junto a um órgão de soberania [Assembleia da República]. A ministra relembrou ainda que os bombeiros voluntários tiveram um aumento de 25% das remunerações face ao trabalho com os incêndios que assolaram o País na segunda semana de setembro.
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