Canadair não resolvem o incêndio na Madeira
Faltou planeamento regional para fogo desta dimensão.
A eficácia do uso de aviões pesados de combate a incêndios Canadair no incêndio que lavra na ilha da Madeira desde o dia 14 - e que ontem à tarde já acumulava 5749 hectares de área ardida, segundo contas dos satélites europeus ‘Copernicus’ de gestão de emergências - é “no mínimo duvidosa”, garantiu ao CM um especialista em combate a incêndios rurais. Em causa, segundo o mesmo, não apenas a impossibilidade de os aviões se aproximarem das frentes de chamas, que lavram em ravinas íngremes, obrigando a descargas a elevada altitude, com perda de eficácia, mas também o tempo entre cada descarga (a parelha abastece de água através de autotanque no Aero- porto de Porto Santo, perdendo pelo menos uma hora entre cada atuação) e o facto de os elementos no terreno não se conseguirem aproximar para consolidar eventuais ganhos do meio aéreo.
“É uma ação publicitária”, resumiu a mesma fonte, que aponta responsabilidades à falta de planeamento regional para o combate a estes incêndios. Para já, a grande esperança é a chuva prevista para sábado e domingo na ilha da Madeira.
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