Capturado padeiro que ateou cinco fogos
PJ caça incendiário que tinha hora marcada para atear chamas.
Um padeiro de 51 anos foi detido pela Polícia Judiciária do Centro por suspeitas de ter sido o autor de cinco incêndios florestais que deflagraram em São João de Areias, no concelho de Santa Comba Dão, entre os dias 8 e 11 deste mês. Também ontem a Proteção Civil anunciou que foi detido um homem em Vila Nova de Foz Coa suspeito de ter ateado um fogo próximo do perímetro de outro incêndio que começou no domingo e apenas foi extinto ontem pelos bombeiros.
Em Santa Comba Dão, a população de São João de Areias e os bombeiros andavam intrigados com a deflagração de vários incêndios em dias consecutivos, quase sempre à mesma hora. Depois de várias diligências, as autoridades policiais chegaram ao padeiro como um dos suspeitos.
O homem acabaria por confessar a autoria dos crimes aos investigadores da Polícia Judiciária, alegando que gostava de ver a arder, de assistir a todo o aparato do combate ao fogo e da ação dos bombeiros em todo aquele cenário. O suspeito foi detido e conduzido ontem a um juiz do Tribunal de Viseu para primeiro interrogatório. O padeiro ateou os fogos naquelas dias às 17h15 e 20h15, sempre usando um isqueiro.
Segundo Patrícia Gaspar, adjunta nacional de operações da Autoridade Nacional de Proteção Civil, desde 1 de janeiro já foram detidas 60 pessoas por crime de incêndio florestal. No entanto, as autoridades estão no terreno a investigar as causas dos três incêndios florestais que no domingo deflagraram no concelho de Mangualde quase à mesma hora - apenas com espaço temporal de 15 minutos.
Estes incêndios destruíram mais de três mil hectares de floresta e mato e as culturas agrícolas de muitas famílias.
Descida da temperatura foi forte aliada dos bombeiros
Foi o que aconteceu nos incêndios de Mangualde, Alijó, Torre de Moncorvo e na Guarda. Durante a madrugada de ontem todos os incêndios foram dados como dominados. O único que resistiu aos meios de combate foi aquele que deflagrou em Murça, no concelho de Vila Nova de Foz Coa, que só viria a ser extinto a meio da manhã de ontem.
No entanto, milhares de bombeiros mantiveram-se no terreno em vigilância e prontos para intervir em eventuais reacendimentos.
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