Os estudantes finalistas do curso de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra queriam desfilar na Queima das Fitas com um carro alegórico chamado "Alcoholocausto".
A ideia alude aos comboios em que os judeus eram transportados para os campos de concentração, durante o genocídio de judeus na II Guerra Mundial.
De acordo com o jornal As Beiras, a direção da Faculdade interveio e impediu os alunos de levar a ideia avante: o carro vai desfilar sem nome. Também tinha surgido uma petição em que se pedia a mudança do nome, que conta com mais de 560 assinaturas.
"Alcoholocausto": Cortejo da Queima das Fitas de Coimbra gerou polémica por causa do nome
O nome escolhido pelos estudantes de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra para o carro alegórico para o próximo cortejo da Queima das Fitas gerou controvérsia na comunidade académica.
A justificação prende-se com o facto de os estudantes terem intitulado o carro alegórico de "Alcoholocausto".
Depois de saberem da polémica que se estava a gerar em torno da ideia do carro alegórico a apresentar este ano, os Novos Fitados de História 2018/2019 escreveram um comunicado nas redes sociais em que justificavam o porquê das escolhas feitas.
Na publicação via Facebook, os estudantes explicam que o "carro não é apenas constituído pelo seu nome. É constituído por estudantes de história, conscientes dos acontecimentos da história europeia do século XX. Assim como da própria estrutura do carro, que após ser pública, temos a certeza que irá descansar as mentes mais fervorosas".
Os estudantes universitários realçavam não ter "como objetivo enaltecer aquilo que foi o holocausto, muito menos denegrir, difamar, caluniar ou desmentir o sucedido".
"Apenas criámos o termo 'Alcoholocausto' para resumir o que nós, estudantes conscientes de história, consideramos que o Ensino Superior em Coimbra, atualmente, é. É um CAOS. Tanto na faculdade, como na realização do carro", diziam.
A ideia para o carro alegórico deste ano passa por, segundo os alunos, "criticar e apontar o dedo às principais falhas" que os estudantes dizem existir "tanto na realização do curso, como no quotidiano".
Os alunos explicam ainda que juntar a palavra "àlcool" à palavra "Holocausto" tem como objetivo fazer referência à facilidade do acesso ao álcool no dia do cortejo académico.