Chamas não dão tréguas de Norte a Sul do País
Castelo Branco com 60 quilómetros de extensão e 14 feridos. Admitida situação de alerta.
Uma brutal extensão de 60 km. Sem frentes ativas, mas com bolsas de fogo ainda por dominar. Este domingo ao início da noite, o fogo que teve início sexta-feira à tarde no concelho de Castelo Branco, alastrando a Proença-a-Nova e destruindo algumas casas e cerca de 15 mil hectares de floresta, já tinha feito 14 feridos entre os quase mil operacionais no terreno. Com temperaturas próximas dos 40º C em todo o País, houve mais de 80 novos fogos, com destaque para Loures (A8 foi cortada), Lordelo (A42 cortada) e Ourém. Continuava ainda por dominar o incêndio iniciado sábado em Odemira, combatido por 500 bombeiros e que levou à evacuação de quatro aldeias e um lar de idosos, ferindo ainda um bombeiro.
O "cenário complexo" vai continuar nos próximos dias, disse a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, anunciando que o Governo deverá declarar situação de alerta. "Temperaturas acima da média para a altura do ano, desaparecimento da recuperação noturna, humidade abaixo de 10% durante o dia, vento de leste", são os ingredientes do fogo para os quais a governante alertou. Com o Alto Minho como "única região imune", Patrícia Gaspar avisou que "vamos enfrentar dias difíceis" e apelou: "Todo o cuidado é pouco, por mais meios que o dispositivo tenha, há sempre um limite". Disse ainda que é preciso "respeitar as determinações na lei: não usar o fogo".
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