Classificação tenta evitar demolição do ‘Coutinho’

Grupo de cidadãos quer impedir o ‘fim’ do edifício, previsto desde o ano 2000.

02 de maio de 2018 às 08:41
Arquiteto defende que é um “dever cívico” impedir a demolição do edifício que está prevista desde o ano 2000 Foto: Direitos Reservados
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O arquiteto Fernando Maia Pinto encabeça uma candidatura do prédio ‘Coutinho’, em Viana do Castelo, a imóvel de interesse público. O autor da candidatura defende que é um "dever cívico" impedir a demolição do edifício, prevista desde 2000. O processo está suspenso desde janeiro a aguardar decisão judicial da providência cautelar movida pelos últimos 14 moradores.

"A demolição é um absurdo que espoletou o dever cívico inteligente de manter o ‘Coutinho’ como prédio habitacional", considera o arquiteto, formado pela Escola de Belas Artes da Universidade do Porto.

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Situado em pleno centro histórico de Viana do Castelo, com vista para o rio Lima, o edifício de 13 andares, que já chegou a ser habitado por 300 pessoas, tem demolição prevista desde 2000, ao abrigo do programa Polis, quando José Sócrates era Ministro do Ambiente.

"É um crime público. É uma coisa tão visível. Deitar abaixo habitações num País tão pobre como o nosso. É uma coisa tão criminosa que é um dever cívico uma pessoa lutar pelas coisas em que acredita. Acredito que não deve ser demolido o prédio ‘Coutinho’ num País que tem falta de habitação e tem falta de dinheiro", sustenta ainda Maia Pinto. A Câmara não comenta.

A candidatura foi formalizada na Direção-Geral do Património Cultural e é subscrita por um grupo de cidadãos e moradores. São evocados um conjunto de critérios objetivos suportados na lei, como "o interesse do bem como testemunho simbólico e a conceção arquitetónica, urbanística e paisagística".

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O concurso público para a demolição do ‘Coutinho’ foi ganho pela DST, de Braga, por 1,2 milhões de euros.

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