Clóvis Abreu, absolvido da morte do PSP Fábio Guerra, avança com processo-crime contra André Ventura
Foi absolvido do crime de homicídio na morte do agente da PSP Fábio Guerra, decisão criticada pelo líder do Chega.
Clóvis Abreu, condenado em primeira instância pela morte do agente da PSP Fábio Guerra a 14 anos de prisão e absolvido em abril deste ano do crime de homicídio pelo Tribunal da Relação, avançou com uma queixa-crime contra André Ventura, acusando-o de o ter apontado como o autor da morte do polícia à pancada e de ter um discurso xenófobo, discriminatório e ofensivo para a comunidade cigana. Ventura diz estarmos perante “um escândalo”. “Este processo envergonha a justiça e a democracia. É uma inversão completa das coisas. O bandido mete em tribunal o líder político que se insurgiu contra os seus atos bárbaros”, afirmou, ao CM.
O agente, de 26 anos, que se encontrava à civil, foi violentamente agredido à porta de uma discoteca em Lisboa, tendo morrido dois dias depois, em março de 2022. Os ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko foram detidos e condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente. As autoridades identificaram um terceiro suspeito, Clóvis Abreu. Entregou-se mais de um ano após os acontecimentos e foi condenado a 14 anos de prisão. Recorreu, tendo a Relação reduzido a pena para seis anos e absolvendo-o do crime de homicídio qualificado. Manteve as outras condenações, sentenciando-o a seis anos de prisão, em cúmulo jurídico.
Na altura, Ventura publicou um vídeo onde criticava a decisão do tribunal. “Depois de assassinar um polícia à pancada, ainda fugiu”, afirmava o líder do Chega. “Não é aceitável atribuir seis anos de prisão a alguém que espancou um polícia em conluio com outras pessoas. Entregou-se, depois de uma comunidade ter negociado com o Estado, como se os ciganos tivessem algum privilégio face à lei ou devessem ter”. Na queixa-crime, Clóvis também contesta estas afirmações.
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