Condutor e tio ficam na cadeia por 12 mortes
Juiz considerou que podiam influenciar testemunhas.
Ricardo Pinheiro e o tio Arménio Pinto vão aguardar julgamento em prisão preventiva, decidiu ontem o Tribunal de Moulins, em França.
Os dois homens – condutor e proprietário da carrinha onde morreram 12 portugueses na quinta-feira de Páscoa – estão indiciados por homicídio involuntário e ofensas à integridade física.
O juiz não considerou suficientes as garantias apresentadas pela defesa dos dois homens – uma declaração bancária disponibilizando uma verba a rondar os 50 mil euros para a caução e a promessa de emprego de uma empresa na zona de Paris, onde Ricardo ficaria a viver com familiares.
O juiz exigiu um contrato de trabalho e outro de arrendamento, documentos que o advogado não conseguiu obter nos quatro dias que teve desde que o interrogatório tinha sido suspenso.
Ao CM, Álvaro Dias garantiu que conta ter esses documentos na próxima semana, altura em que pretende apresentar novo requerimento para a libertação de Ricardo Pinheiro. O juiz sustentou a decisão na possibilidade de influenciarem testemunhas durante a investigação. A medida de coação será revista dentro de quatro meses.
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