Construtoras portuguesas asseguram respeito pelas normas
Uma pessoa morreu após a queda de um muro em Maputo.
O consórcio das construtoras portuguesas Soares da Costa e Mota Engil assegurou esta terça-feira que as normas foram respeitadas na obra de uma piscina nos arredores de Maputo, onde no sábado uma pessoa morreu na queda de um muro.
"Importará referir que a obra cumpre integralmente o projeto de execução, tendo sido fiscalizada por entidade independente nomeada pelo dono de obra e acompanhada diariamente por esta, desde o seu início até à data da sua entrega definitiva", declarou o consórcio em comunicado enviado à Lusa.
O acidente teve lugar nas piscinas do Complexo Olímpico do Zimpeto e provocou a morte do selecionador moçambicano de natação, Frederico dos Santos, e ferimentos em mais dez pessoas.
No comunicado, o consórcio refere que "tem, naturalmente, e desde a primeira hora, colaborado com a comissão de inquérito e restantes autoridades, prestando todos os esclarecimentos e toda a informação solicitada".
Lamentando o sucedido e expressando "toda a solidariedade às vítimas e seus familiares", as construtoras afirmam que continuarão disponíveis para colaborar com as autoridades, "no sentido de que sejam apuradas o mais rapidamente as causas que estiveram na origem do incidente".
Cinco feridos
A piscina do Complexo Olímpico do Zimpeto foi construída por ocasião dos Jogos Africanos Maputo-2011.
Citada esta quarta-feira pelo jornal O País, fonte do consórcio indica que a obra tinha garantia de um ano, mas esta informação é omissa no comunicado.
A queda do muro feriu a mulher e três filhos de Frederico Santos e o nadador dos Tubarões de Maputo Denilson da Costa, que tinha ambições de alcançar mínimos olímpicos, mas a fratura de uma clavícula vai deixá-lo fora dos Jogos do Rio de Janeiro, em agosto.
Várias entidades estabeleceram uma possível relação entre o acidente e a vaga de calor e fortes ventos e chuvas intensas que se abateram em Maputo no sábado, embora considerem prematuro avançar conclusões.
Em consequência da tragédia, foi criada uma comissão de inquérito liderada pelo Ministério da Juventude e Desportos e que integra também os ministérios das Obras Públicas, da Saúde e do Trabalho, além do governo municipal de Maputo e Laboratório de Engenharia Civil de Moçambique.
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