De corrupção a abuso de poder: Miguel Albuquerque e Pedro Calado suspeitos de oito crimes

Presidente do Governo Regional da Madeira foi constituído arguido e o autarca do Funchal foi detido.

25 de janeiro de 2024 às 13:18
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Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, e Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal, são suspeitos de oito crimes no âmbito da megaoperação realizada pela PJ na Madeira. Albuquerque foi constituído arguido e Pedro Calado detido. O juiz de instrução que passou os mandados foi Nuno Dias, que presidiu aos interrogatórios da Operação Influencer e que, a partir desta sexta-feira, vai presidir aos primeiros interrogatórios deste caso. 

O CM sabe que em causa estão os crimes de atentado contra o Estado de Direito, prevaricação, recebimento indevido de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poderes e tráfico de influências.  

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Suspeito dos mesmos crimes é Avelino Farinha, presidente do grupo AFA, que também foi detido.

Entre os detidos está também Custódio Correia, sócio do líder do grupo AFA, que está ligado a várias áreas, como a construção, turismo e comunicação social. Miguel Albuquerque só não foi detido porque a lei não o permite, uma vez que tem imunidade por ser membro do Conselho de Estado. 

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O Ministério Público acredita que, desde 2015, existia um esquema organizado entre Pedro Calado e Miguel Albuquerque, com interferência de Albuquerque nas funções de Calado respeitantes à autarquia, e interferência da câmara no Governo Regional. O objetivo seria sempre privilegiar determinados construtores e gestores privados, com concursos públicos feitos à medida do grupo AFA e grupo Pestana. O plano visava o enriquecimento pessoal de Albuquerque e Pedro Calado. 

Afonso da Silva, braço direito de Albuquerque, António e Susana Prada, Luís Silva e Bruno Freitas também são suspeitos. Bruno Freitas desempenhou funções no Turismo do Governo Regional e, atualmente, estava ligado ao grupo AFA. 

O juiz de instrução que passou os mandados foi Nuno Dias, que presidiu aos interrogatórios da Operação Influencer e que, a partir desta sexta-feira, vai presidir aos primeiros interrogatórios deste caso. 

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