Apanhados atiradores que atacaram polícias
Inspetores caçaram suspeitos uma semana após o tiroteio.
Os suspeitos, de 24 e 42 anos, fazem parte das duas famílias que se envolveram numa rixa violenta que motivou a intervenção policial. Estavam refugiados no Algarve desde o tiroteio, mas foram agora localizados por inspetores da Polícia Judiciária. Estão indiciados por homicídio na forma tentada.
Um dos detidos vivia na Ameixoeira e o outro tinha-se deslocado ao bairro para um ajuste de contas relacionado com uma desavença antiga.
Os três polícias da 3ª Esquadra da Divisão de Investigação Criminal estão de baixa por tempo indeterminado. O agente Carvalho teve alta segunda-feira, enquanto os dois colegas saíram do hospital no dia a seguir ao tiroteio (que ocorreu na semana passada, dia 29 de março). Um deles, o agente Eusébio, saiu do hospital ainda com chumbos de caçadeira cravados no crânio. De acordo com os colegas, "escapou por pouco à morte, mas tem dores de cabeça muito fortes". Os mesmos colegas dizem que os três "ficaram afetados psicologicamente".
Segundo a Polícia Judiciária, na origem da rixa inicial estiveram, tal como o CM noticiou na altura, "conflitos antigos mantidos entre as famílias de ambos os detidos". Os dois homens, tio e sobrinho, tinham-se desentendido há várias semanas. ‘Bolotinha’, o mais velho e único residente na Ameixoeira, terá disparado a partir de casa, num 5º andar, depois de ser confrontado pelo familiar, que estava na rua, também armado. ‘Xico’, o sobrinho, fugiu do local, mas voltou mais tarde acompanhado de outros familiares, ‘Fari’ e ‘Boneco’. A guerra tinha começado.
Ouvidos ontem em tribunal, um ficou em prisão preventiva e o outro com apresentações semanais às autoridades.
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