Empresário tarado por pornografia obrigado a fazer terapia

Arguido, de 70 anos, confessou ter fantasias sexuais com rapazes. Foi condenado no Tribunal de S. João Novo, no Porto.

07 de março de 2019 às 01:56
Pornografia Foto: Getty Images
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Pornografia infantil Foto: iStockPhoto
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Confessou em tribunal que tem fantasias sexuais com crianças e que falava com rapazes no Facebook, pedindo--lhes fotografias e vídeos sem roupa, para ter excitação sexual. O empresário, de 70 anos, referiu que, apesar de ter esses instintos - que garante que não deseja manter -, está disposto a acompanhamento médico.

Foi esta quarta-feira condenado no Tribunal de S. João Novo, Porto, a uma pena suspensa de três anos de prisão. Tem ainda de se submeter a consultas de sexologia e de realizar psicoterapia.

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O coletivo de juízes condenou o arguido por pornografia de menores - uma vez que, entre 2012 e 2017, guardou em discos rígidos e no telemóvel ficheiros de menores despidos ou em atos sexuais. Estava ainda acusado de abuso sexual, por ter mantido conversas com os rapazes, mas foi absolvido desse crime.

"Assumiu que mantinha esta conduta e pedia fotografias, mas não podemos concluir que do outro lado estavam pessoas com menos de 18 anos. Podiam ser pessoas como o senhor, que se faziam passar por crianças. Além disso, o senhor não se encontrou com nenhuma das pessoas em causa", disse o juiz Pedro Brito, na leitura do acórdão.

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O arguido, que o Ministério Público diz ser obcecado por pornografia de menores, tem ainda um prazo de seis meses para pagar dois mil euros à Associação Criança e Vida, do Porto. "Este género de crime provoca alarme social, intranquilidade e insegurança na sociedade. Esta decisão teve em conta a sua postura de colaboração em audiência", frisou o magistrado.

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