Espanha volta a falhar no envio de água do Tejo
Ambientalistas apontam incumprimento na ordem de um milhão de metros cúbicos no espaço de 15 dias.
Espanha voltou a não cumprir a Convenção de Albufeira em relação ao envio de água no rio Tejo nos últimos 15 dias de outubro, acusam os ambientalistas do proTejo - Movimento pelo Tejo.
"O caudal em falta é de um milhão de metros cúbicos, volume apurado por terem sido enviados apenas 6,2 milhões e 6,7 milhões de metros cúbicos, respetivamente na 3ª e 4ª semanas de outubro, dos 7 milhões semanais acordados", divulgou o porta-voz do movimento ambientalista, Paulo Constantino.
Os cálculos, realizados a partir dos dados da estação na barragem do Fratel, levaram o Movimento pelo Tejo a questionar o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, se já foram pedidos esclarecimentos ao seu homólogo espanhol quanto a este incumprimento.
Esta segunda-feira, à margem de um evento sobre os oceanos, o ministro do Ambiente estimou ter esta semana "alguma resposta" de Espanha sobre a gestão dos caudais do Tejo.
Do lado dos ambientalistas, somam-se as chamadas de atenção. Paulo Constantino questiona se "valeu a pena o vazamento da barragem de Cedillo, deixando os rios Pônsul e Sever a seco, numa tentativa de cumprir burocrática e formalmente a convenção, quando agora Espanha inicia o novo ano hidrológico em situação de incumprimento".
O Movimento pelo Tejo reitera a afirmação de que "Espanha não cumpriu a convenção no ano hidrológico de 2018/2019", que terminou em setembro, "tendo enviado para Portugal um máximo de 2695 hectómetros cúbicos dos 2700 hectómetros cúbicos de caudal anual fixado"
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