Eucaliptos já crescem junto à ‘estrada da morte’

Nas bermas da EN236 as árvores foram cortadas.

14 de fevereiro de 2018 às 08:20
Na EN236 foi criada uma faixa de proteção, que afasta as árvores do alcatrão Foto: Pedro Brutt Pacheco
Na EN236 foi criada uma faixa de proteção, que afasta as árvores do alcatrão Foto: Pedro Brutt Pacheco
Na EN236 foi criada uma faixa de proteção, que afasta as árvores do alcatrão Foto: Pedro Brutt Pacheco
árvores Foto: Pedro Brutt Pacheco
Na EN236 foi criada uma faixa de proteção, que afasta as árvores do alcatrão Foto: Pedro Brutt Pacheco
Na EN236 foi criada uma faixa de proteção, que afasta as árvores do alcatrão Foto: Pedro Brutt Pacheco

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As bermas da EN236, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, onde há sete meses dezenas de pessoas morreram a fugirem das chamas, começam a mudar de cor. A faixa de proteção criada após o incêndio de 17 de junho garante uma zona livre de árvores ou arbustos, mas o verde vai surgindo por entre o negro naquela que ficou conhecida como a ‘estrada da morte’.

"O Estado diz que não deixa as árvores encostarem-se à estrada, vamos lá ver como é", diz Eduardo Cunha, morador em Pobrais, pouco crente nas novas medidas.

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Em Várzeas, Eduardo Augusto também duvida que as zonas limpas em redor das casas se tornem uma realidade. "Não acredito que as câmaras arranjem verbas, mas deviam ser obrigadas a mandar cortar as árvores à volta das povoações".

Quanto à proliferação dos eucaliptos em zonas de pinheiro bravo, a explicação popular é simples: "Os eucaliptos crescem num instante e a pessoa governa-se com eles, enquanto os pinheiros não os vemos a valer nada numa vida", diz Eduardo Cunha.

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A falta de limpeza das florestas continua a ser outro problema sem solução à vista. "Isto vai ser complicado, rebenta tudo, de silvas a acácias e ninguém quer saber", defende Eduardo Augusto, explicando que "antes se tirava rendimento da floresta", mas agora "é só prejuízo".

Nas aldeias onde o incêndio de 17 de junho passou e causou 66 mortes, a palavra de ordem é reconstruir: casas e vidas.

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