Associação constitui-se esta segunda-feira assistente no processo que decorre no DIAP de Leiria.
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As famílias das vítimas do fogo de Pedrógão Grande vão hoje constituir-se assistentes no processo relativo à catástrofe, investigação que corre no DIAP de Leiria. A revelação foi feita por Nádia Piazza, que lidera a Associação de Vítimas de Pedrógão Grande.
"Há espaço para processar [o Estado]", declarou Nádia Piazza ao CM. "O INEM, os bombeiros e a GNR falharam a toda a linha nas ações de socorro na estrada da morte [EN236-1]. As pessoas acobardaram-se. Vou pôr a minha vida nas mãos destas pessoas?", questionou a responsável. A linha da investigação vai no mesmo sentido.
Também a PJ, que já ouviu mais de 70 testemunhas, aponta para culpas de várias entidades. Foram já encontrados os responsáveis que alegadamente poderiam ter evitado a tragédia e ainda este mês serão constituídos arguidos. Há ordens no DIAP para que o processo termine, com acusação, até ao final do mês de janeiro.
Para as famílias, os factos explanados no capítulo 6 do relatório de Xavier Viegas vieram adensar as suspeitas. O Governo não tinha divulgado o relatório que anteontem foi tornado público pelo ‘Expresso’, mas Nádia Piazza discorda da decisão: "Quem pode ficar ofendido somos nós", apontou. "O nome do meu filho vai aparecer na internet sempre ligado às piores razões. A dor privada já passou", disse. Segundo a responsável, a maior parte dos elementos que compõem a associação concordam com a publicação, com regras – o texto deverá ser publicado sem alterações, com os nomes das vítimas ocultados.
"Não posso falar pelos 66, mas a maioria concorda", apontou. Esta semana, revela, a associação pretende "recolher os dados necessários e criar um abaixo-assinado para a publicação [do capítulo]", revelou.
Para Nádia Piazza, ainda há demasiadas questões por esclarecer. "Porque é que as pessoas não foram avisadas?", pergunta a líder da associação.
Familiares não escondem revolta
Nádia Piazza não esconde a revolta: "Houve pessoas que sobreviveram à passagem do incêndio e depois morreram sozinhas na estrada, sem socorro. Uma vergonha".
Afastada a hipótese de mão criminosa na origem do fogo
A investigação afastou a hipótese de mão criminosa na origem do fogo, mas apontou depois para várias direções. O CM sabe que a hipótese de os elementos da GNR que não limitaram o acesso à ‘estrada da morte’ poderem ser acusados tem gerado polémica. Outro dos alvos da PJ é a Ascendi, que não terá cumprido as medidas de segurança nas bermas das estradas.
Saiba mais
64
Número oficial de mortos no incêndio de Pedrógão Grande avançado pelas entidades oficiais. Relatório de Xavier Viegas aponta para 65 e a semana passada morreu mais uma vítima, atropelada, no hospital, elevando o número total para, pelo menos, 66. A Associação de Vítimas agrega as famílias que perderam pessoas no fogo.
Xavier Viegas apoia
O investigador responsável pelo relatório que inclui o capítulo 6, que relata em detalhe os momentos da tragédia na EN236-1, está a apoiar a Associação de Vítimas para recolher as assinaturas e criar um abaixo-assinado a favor da publicação do documento com os nomes ocultos.
Divisões quanto à origem
O incêndio começou a 17 de julho em Escalos Fundeiros, devido a um raio (diz a PJ) ou o contacto de cabos da EDP com a copa de árvores (relatório).
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