Rui Rosinha fala ao CM. Não vai deixar esquecer as 106 mortes.
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O subchefe Rui Rosinha, dos Bombeiros Voluntários de Castanheira de Pera, regressou esta quinta-feira a casa depois de quase seis meses de internamento, devido às queimaduras sofridas no incêndio de Pedrógão Grande. Está feliz e satisfeito por passar o Natal com a família, mas sabe que ainda tem pela frente um longo período de recuperação, com sessões intensas de fisioterapia.
Bombeiro ferido na tragédia de Pedrógão regressa a casa
Na tarde do dia 17 de junho, Rui Rosinha, de 40 anos, saiu de casa para apagar as chamas e quando chegou à EN236-1 pensou que era o último combate e todos - bombeiros e civis - iriam ficar "reduzidos a nada".
"A certa altura pensámos que era ali que acabava tudo, que podiam ser os nossos últimos momentos", contou ontem o bombeiro ao CM, adiantando que se sentiu "um grão de areia", perante o vento fortíssimo, a onda de calor infernal e as chamas que lançavam partículas incandescentes na sua direção. "Foi tudo muito mau, o sentimento de impotência naquele dia era muito grande".
Rui Rosinha está convencido de que "não há meios de combate em País nenhum que consigam combater o que se deparou".
Ontem, as boas-vindas foram dadas no quartel, com os bombeiros perfilados e empunhando um cartaz a dizer "Bem vindo Rui Rosinha". "Foi muito bonito, o oposto do que aconteceu em 17 de junho e em 15 de outubro, que foi muito mau", contou, garantindo que não vai deixar esquecer que morreram 106 pessoas: "em honra delas temos de mudar o que for preciso para não se repetir".
Casado e com dois filhos, de nove e 13 anos, sofreu lesões internas e queimaduras nas mãos e na cara. Ainda não sabe se voltará a vestir a farda, mas continua a sentir-se bombeiro.
Estudada mudança de meios aéreos para a Força AéreaNo espaço de dois meses, um grupo de trabalho criado pelo Governo vai "estudar, propor e desenvolver" soluções para concretizar a transferência do comando e controlo de meios aéreos de combate a incêndios para a Força Aérea.
Segundo o despacho publicado em Diário da República, o grupo deverá apresentar "o modelo, o cronograma e os custos" da operação. O grupo é composto por seis representantes: três do Ministério da Defesa e três da Administração Interna.
50 aeronaves de combate a fogos custam 60 milhões
O ministro da Administração Interna anunciou no Parlamento a autorização de 60 milhões euros para a contratação de 50 meios aéreos de combate a incêndios florestais para 2018 e 2019, mais nove do que em anos anteriores.
Eduardo Cabrita adiantou que os meios aéreos vão estar disponíveis todo o ano e não só no chamado período crítico, além de passarem a operar mais horas por dia.
PORMENORES
Sem casa antes do Natal
Os presidentes das câmaras de Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos lamentam o facto de não ter sido possível realojar antes do Natal as famílias que perderam casa.
Pai Natal em ambulância
A Cruz Vermelha de Coimbra transformou uma ambulância em casa do Pai Natal, com vista a dar um Natal diferente a cerca de 3000 crianças, muitas delas afetadas pelos fogos florestais.
Desinvestir no eucalipto
Proprietários de terrenos afetados estão dispostos a trocar o investimento no eucalipto por outras culturas, como oliveiras, medronheiros ou carvalhos.
Governo aceita pagar já
António Costa confirmou ontem que o Governo quer entregar as indemnizações mínimas (70 mil euros) aos familiares das vítimas ainda antes de estarem concluídos os relatórios sobre as circunstâncias das mortes.
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