Ex-diretor técnico admite critérios subjetivos nos Transportes Urbanos de Braga

Luís Vale responsabiliza administração pela opção de compra à MAN.

25 de janeiro de 2019 às 08:41
Luís Vale é também arguido no caso dos TUB e foi ouvido pelo Tribunal de Braga durante mais de seis horas Foto: CMTV
Tribunal de Braga Foto: Secundino Cunha
Tribunal Judicial de Braga, Lar do Patronato Nossa Senhora, Torre Foto: CMTV

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Luís Vale, ex-diretor técnico de compras nos Transportes Urbanos de Braga (TUB), responsabiliza a administração da empresa municipal, então liderada por Vítor Sousa, vice de Mesquita Machado, pela compra de autocarros à MAN Braga.

"Foram opções da administração. Era preciso comprar autocarros. O método como a decisão foi tomada não vou discutir porque foi opção da administração", disse, esta quinta-feira, o arguido no tribunal de Braga, na terceira sessão do julgamento de corrupção nos TUB.

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O arguido, que foi ouvido durante mais de seis horas, admitiu que havia critérios subjetivos na análise das propostas dos concorrentes a fornecer os autocarros aos TUB e que chegou a ser chamado por Vítor Sousa, também arguido no caso: "Chamou-me para me puxar as orelhas".

O presidente do coletivo de juízes insistiu na análise das propostas aos concursos, que o Ministério Público acusa de terem sido feitos à medida para a MAN vencer sempre, a troco de 220 mil euros de contrapartidas monetárias aos arguidos que estão a ser julgados.

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"A sua subjetividade vai sempre para um lado. Há alguma explicação", afirmou o juiz, perante as declarações do arguido. "A 10 de março, é entregue o parecer e no mesmo dia há a decisão de comprar à MAN. Não reparou nisso?", insistiu o juiz. Luís Vale tentou explicar: "Presumi que a outra parte [que perdeu] tenha sido informada". Mas o juiz sublinhou: "É difícil reclamar quando a decisão já está tomada".

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