GNR barricado faz chamada para o exterior e exige resposta ao requerimento para suspensão do mandado de detenção
Militar da GNR tem uma arma pessoal consigo.
Sérgio Ribeiro, um GNR condenado a 13 anos de prisão por burlas, e que teria de se apresentar esta terça-feira para cumprir a pena, está barricado no posto de Felgueiras. O militar trabalhava em Fafe quando foi condenado, tendo passado depois para Felgueiras, onde trabalhava há mais de um ano.
A GNR de Braga foi executar o mandado de detenção. O homem estava ao serviço na secretaria e, quando a GNR chegou, barricou-se.
O homem tem uma arma pessoal consigo e barricou-se numa caserna sozinho, ameaçando que se ia matar. O militar não ameaçou outras pessoas.
O CM sabe que Sérgio exigiu ver a filha de 4 anos, mas retirou a questão da filha e exigiu uma resposta ao requerimento, interposto pelo advogado do GNR, para suspender a execução dos mandados de detenção. No local estão negociadores e o COE-Companhia de Operações Especiais, um forte dispositivo da GNR e uma ambulância dos bombeiros de Felgueiras.
De acordo com aquilo que o CM conseguiu apurar, o GNR garante que está disposto a morrer se não houver decisão e que não aceita ir para a cadeia, acrescentando que se sente enganado pela Justiça.
Pelas 22h45, o advogado de Sérgio, Paulo Gomes, chegou ao local e entrou nas instalações do Posto da GNR de Felgueiras. Paulo Gomes tem estado a falar ao telefone com Sérgio e deverá continuar a demovê-lo do suicídio e convencê-lo a sair.
Sérgio Ribeiro, natural de Mondim de Basto, foi condenado a 13 anos de prisão por ter cometido diversas burlas a idosos no valor de mais de 400 mil euros. A mulher de Sérgio esteve envolvida nos crimes, mas teve pena suspensa, assim como os pais do GNR. Toda a família ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.
Segundo apurou o CM, foi interposto um recurso que estará pendente no Tribunal Constitucional e, como tal, o processo não transitou em julgado.
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