Ex-seguranças do Urban Beach com penas de cinco anos por tentativa de homicídio
Arguidos terão ainda de pagar 20 250 euros às vítimas.
"Não mostraram arrependimento nem juízo crítico", "não gostaram de ser desafiados", "deram versões falsas com o objetivo de ludibriar o tribunal para justificar as suas condutas absurdas"e tiveram "uma atuação criminosa".
Por estes motivos, elencados pela juíza-presidente do coletivo que julgou os três seguranças da discoteca Urban Beach, em Lisboa, o ex-segurança Pedro Inverno foi esta sexta-feira condenado a 5 anos e meio de prisão, enquanto David Jardim e João Ramalhete levaram uma pena de 5 anos e 4 meses. Terão ainda de pagar uma indemnização de 20 250 euros às duas vítimas.
Em causa está a tentativa de homicídio de Magnusson Brandão e André Reis na madrugada de 1 de novembro de 2017 à porta da discoteca Urban Beach, cujo vídeo foi fundamental para perceber a violência da situação. De acordo com o acórdão, os três ex-seguranças "agrediram os ofendidos, admitindo a possibilidade de matar pelo mero prazer de ver o sofrimento das vítimas".
"Os factos são tão claramente graves que, neste momento, nada tenho a acrescentar", afirmou a juíza- -presidente Catarina Pires.
PORMENORES
"Envergonha a Justiça"
Pedro Nobre, advogado de Pedro Inverno, diz que a decisão "envergonha a Justiça". Edite Sousa, advogada de David Jardim, afirma que a decisão é "insensata, censurável e ilegal". Ambos, tal como José Carlos Cardoso, advogado de João Ramalhete, vão recorrer.
"Decisão justa"
As advogadas das vítimas, Linda Alagoinha e Sandra Cardoso, mostraram-se satisfeitas com a "boa decisão", classificando-a de "justa, face aos factos provados". Cada vítima pedia 50 mil euros de indemnização.
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