Ex-dirigente da União de Leiria detido
António Bastos foi apanhado na Gâmbia.
O ex-administrador da SAD do União de Leiria António Bastos foi recapturado na última noite na Gâmbia, África Ocidental, depois de ter fugido de Bissau, disse fonte policial guineense à Lusa.
O homem foi detido no dia 3, em Bissau, para ser sido extraditado para Portugal, de onde se pôs em fuga em 2011 depois de condenado a 13 anos de prisão por homicídio.
Durante as diligências, António Bastos terá simulado uma indisposição para sair de uma audição em tribunal para o Hospital Simão Mendes, na capital guineense, na segunda-feira, dia 8 - unidade de saúde onde ficaria internado.
A PJ local já tinha sido informada de que estava a ser preparado um plano de fuga de António Bastos, "que previa um assalto à sede" da polícia com o envolvimento de várias pessoas, referiu fonte daquela força de segurança à Lusa.
A vigilância foi reforçada, mas "terá sido preparado um plano B", com a transferência para o hospital, de onde o português fugiu entre segunda e terça-feira de Carnaval.
Para o fazer, terá sido encenada uma substituição de seguranças "que fez sair o guarda prisional" que o acompanhava, surgindo ao mesmo tempo um novo advogado que, numa alegada declaração, "assumia a custódia do cliente", acrescentou.
A Polícia Judiciária só foi alertada para a fuga na manhã de quarta-feira e recebeu uma pista de que Bastos teria escapado para a Gâmbia, país onde já tinha mantido contactos em meses anteriores, 100 quilómetros a norte da Guiné-Bissau (atravessando parte do Senegal).
Uma equipa de quatro elementos da PJ guineense junta-se a outros dois elementos das autoridades gambianas para encontrar o foragido na capital da Gâmbia, Banjul, enquanto em Bissau são ouvidos familiares e outras pessoas que lidaram com Bastos.
Polícia cercou o local onde estava o fugitivo
A chave para voltar a descobri-lo surge na quinta-feira quando a esposa recebe, através de um intermediário, uma mensagem por telefone indicando que o marido já tinha chegado a Banjul.
Seguem-se horas de contactos para, a partir do mensageiro, as autoridades chegarem à origem.
Já na companhia de uma pessoa que conhecia a casa onde Bastos podia estar, a polícia acaba por cercá-lo pelas 21h00.
"Ao notar a presença da polícia ainda tentou fechar-se dentro de casa", mas as autoridades acabaram por entrar e detê-lo - decorrendo agora o processo legal para o levar de Banjul para Bissau, de onde deverá depois ser extraditado para Portugal.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt