Benfica na caça do pirata Rui Pinto

O Benfica quer Rui Pinto no banco dos réus. A SAD, que se constituiu assistente, vai requerer ao Ministério Público que o hacker seja interrogado pelo acesso aos mails dos encarnados.

Foi há quase dois anos que Francisco J. Marques começou a divulgar as conversações privadas dos dirigentes benfiquistas. Seguiram-se conversas com árbitros, revelações surpreendentes de um esquema que abalou o mundo do futebol.

O Benfica negou a autenticidade, confessou mais tarde que os mails afinal existiam, garantindo depois que muitas das conversas eram truncadas. Soube-se que havia uma cartilha para os comentadores e o País conheceu códigos de missas e de padres que indiciavam uma teia de favores.

A justiça atacou e fez buscas no estádio da Luz. A investigação prossegue.

O Benfica veio depois dizer que era queixoso e a descoberta de Rui Pinto foi fundamental. O Benfica quer saber se foi o hacker que estava escondido na Hungria, se foi pago pelo rival azul e branco para piratear os servidores do clube.

O mandado de detenção europeu limita-se ao caso Doyen, mas a bola está do lado do Benfica. Podem ser os encarnados a requer a emissão de um novo mandado, eles que são assistentes no processo onde se investiga a intromissão das conversações privadas.

O Benfica não desiste. e por isso mesmo a sua equipa de advogados de luxo vai pedir que Rui Pinto se sente no banco dos réus, mesmo que para isso tenha de ser libertado e novamente preso para poder responder num novo processo.