Família de empresário espera pena máxima para 'Máfia de Braga'

Leitura do acórdão está marcada para hoje no Tribunal de São João Novo.

20 de dezembro de 2017 às 01:30
Pedro Bourbon era quem ‘mandava’ no grupo Foto: CMTV
"Bruxo da Areosa", à direita Foto: CMTV
Testemunha esquecida no julgamento da Máfia de Braga Foto: CMTV

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Para os pais de João Paulo Fernandes não há outra hipótese: os sete arguidos em preventiva envolvidos na morte do empresário têm de ser condenados a 25 anos de cadeia. É isto que a família espera que esta quarta-feira aconteça na leitura do acórdão, que está marcada para as 13h45 no Tribunal de São João Novo, no Porto. Entre os principais arguidos está o advogado Pedro Bourbon e o ‘bruxo da Areosa’.

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As várias sessões de julgamento deixaram os pais completamente devastados. Nas audiências foram descritos os últimos momentos da vítima, que foi raptada em frente à filha menor, em março de 2016, em Braga, e a forma violenta como foi morta num armazém em Valongo. O seu corpo foi depois dissolvido em ácido sulfúrico.

A mãe de João Paulo não conseguiu sequer ir a tribunal. Foi arrolada como testemunha do advogado Pedro Bourbon, mas o seu estado era já nessa altura muito débil. O aproximar da data da leitura do acórdão e também do Natal deixou a mulher ainda mais fragilizada, tendo inclusive de recorrer ao hospital.

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"Aquela família viveu um verdadeiro inferno", disse o advogado da família, José Dantas, nas alegações finais, nas quais tinha também já pedido a pena máxima para os arguidos, tal como o Ministério Público.

O procurador defendeu nas alegações que o arguidos cometeram "um crime violento e cruel". Para os outros dois suspeitos que estão em liberdade o magistrado pediu penas suspensas.

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Na origem do crime esteve o facto de João Paulo Fernandes não desistir de tentar reaver os bens dos seus pais, avaliados em dois milhões de euros, e que tinham sido desviados por Pedro Bourbon e pelo ‘bruxo da Areosa’.

Sessões de julgamento com segurança máxima  

O julgamento começou a 4 de setembro e terminou a 16 de novembro. Em todas as sessões, a segurança foi apertada. Na sala de audiências estiveram sempre presentes vários elementos do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional.

Todas as entradas e saídas da sala de audiências eram controladas de forma apertada e mesmo os advogados tinham de cumprir uma série de procedimentos para falarem com os arguidos.

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