Família de empresário espera pena máxima para 'Máfia de Braga'
Leitura do acórdão está marcada para hoje no Tribunal de São João Novo.
Para os pais de João Paulo Fernandes não há outra hipótese: os sete arguidos em preventiva envolvidos na morte do empresário têm de ser condenados a 25 anos de cadeia. É isto que a família espera que esta quarta-feira aconteça na leitura do acórdão, que está marcada para as 13h45 no Tribunal de São João Novo, no Porto. Entre os principais arguidos está o advogado Pedro Bourbon e o ‘bruxo da Areosa’.
Documentos
2017-09-05_03_08.28 Info_ArguidosPresos.pdf
As várias sessões de julgamento deixaram os pais completamente devastados. Nas audiências foram descritos os últimos momentos da vítima, que foi raptada em frente à filha menor, em março de 2016, em Braga, e a forma violenta como foi morta num armazém em Valongo. O seu corpo foi depois dissolvido em ácido sulfúrico.
A mãe de João Paulo não conseguiu sequer ir a tribunal. Foi arrolada como testemunha do advogado Pedro Bourbon, mas o seu estado era já nessa altura muito débil. O aproximar da data da leitura do acórdão e também do Natal deixou a mulher ainda mais fragilizada, tendo inclusive de recorrer ao hospital.
"Aquela família viveu um verdadeiro inferno", disse o advogado da família, José Dantas, nas alegações finais, nas quais tinha também já pedido a pena máxima para os arguidos, tal como o Ministério Público.
O procurador defendeu nas alegações que o arguidos cometeram "um crime violento e cruel". Para os outros dois suspeitos que estão em liberdade o magistrado pediu penas suspensas.
Na origem do crime esteve o facto de João Paulo Fernandes não desistir de tentar reaver os bens dos seus pais, avaliados em dois milhões de euros, e que tinham sido desviados por Pedro Bourbon e pelo ‘bruxo da Areosa’.
Sessões de julgamento com segurança máxima O julgamento começou a 4 de setembro e terminou a 16 de novembro. Em todas as sessões, a segurança foi apertada. Na sala de audiências estiveram sempre presentes vários elementos do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional.
Todas as entradas e saídas da sala de audiências eram controladas de forma apertada e mesmo os advogados tinham de cumprir uma série de procedimentos para falarem com os arguidos.
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