Filho de ex-autarca arranja carros à borla
Arranjos no valor de quase 10 mil euros ficaram por liquidar.
Além dos cheques chorudos de sete mil euros por cada autocarro que a empresa MAN Braga vendia aos Transportes Urbanos de Braga (TUB), também um dos filhos de Vítor Sousa – que foi ‘vice’ de Mesquita Machado e candidato a sucedê-lo na autarquia, mas acabou por perder as eleições em 2013 – era beneficiado pela empresa Meneses e Costa, que detinha a MAN Braga. A constatação está no processo que surgiu em 2012 e conta já com 30 volumes. No início do mês, a investigação levou à detenção de cinco arguidos por corrupção e gestão danosa.
A investigação ao polémico caso afirma que, entre 13 de novembro de 2006 e 17 de julho de 2008, o carro de um dos filhos de Vítor Sousa foi reparado diversas vezes nas oficinas da empresa, mas nunca as faturas foram pagas.
No total, são quase dez mil euros de reparações que ficaram por liquidar, referentes a arranjos do veículo que o presidente dos TUB ofereceu ao filho e do qual só pagou metade do valor de 25 mil euros. Os restantes 12 500 euros foram suportados pelas contas bancárias de uma das empresas de Abílio Costa, dono da MAN Braga.
O valor foi contabilizado como comissão especial e consta na contabilidade interna das empresas ligadas a Abílio Costa, que também é arguido neste processo.
Em causa estão luvas que eram pagas aos socialistas Vítor Sousa e Cândida Serapicos, que foi secretária de Mesquita Machado e vogal nos TUB. Também Luís Vale, diretor dos TUB, recebia um valor, embora mais baixo: 1000 euros.
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