Vítor Sousa e Cândida Serapicos tentaram iludir contabilidade.
Pelo menos dez autocarros foram comprados à MAN para os Transportes Urbanos de Braga (TUB) através de ajuste direto no valor a rondar 1,5 milhões de euros. Segundo a investigação da Polícia Judiciária de Braga, Vítor Sousa - que foi ‘vice’ de Mesquita Machado - e Cândida Serapicos - vogal dos TUB - assinaram a nota de encomenda, sabendo que estavam a cometer uma ilegalidade "em troca das comissões", lê-se no processo.
O caso remonta ao final do ano de 2006. A 31 de outubro, a MAN entregou uma proposta de fornecimento de dez autocarros, em que cada veículo custaria 145 080 euros. A 21 de dezembro, a encomenda foi formalizada pelos TUB, sendo que nessa data não tinha sido sequer aprovado o contrato público de aprovisionamento exigido por lei. A investigação afirma, por isso, que Vítor Sousa e Cândida Serapicos "não se abstiveram de contornar o procedimento do concurso, visando, uma vez mais, favorecer a MAN", pode ler-se numa das conclusões contidas no processo.
Mais, os dois socialistas terão tentado dar uma aparência de legitimidade ao ajuste direto e, mais de dois meses depois, em meados de fevereiro de 2007, o conselho de administração dos TUB formalizou a adjudicação da compra dos dez autocarros.
A investigação apurou o pagamento de luvas a Vítor Sousa e Cândida Serapicos durante quase uma década, em valores que chegavam a sete mil euros por cada autocarro. Os cinco arguidos estão em liberdade.
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