PJ trava fraude milionária com subsídios
Familiares apoderaram-se de 2,5 milhões em fundos comunitários.
Pai, filho e sobrinho, com idades entre os 29 e os 65 anos, eram todos administradores de um grupo empresarial, com firmas em vários países africanos e ligadas ao fabrico e venda de materiais de construção. Concorreram em 2011 a um fundo comunitário de 3,1 milhões de euros, mas cerca de 2,5 milhões não foram gastos em qualquer projeto. Os três empresários apoderaram-se do dinheiro e utilizaram um complexo esquema de branqueamento para o esconder. Quando perceberam que teriam de prestar contas, apresentaram a sociedade como insolvente.
Segundo o CM apurou, o grupo – todos residentes em Águeda – constituiu uma sociedade anónima para aceder aos fundos comunitários. A referida sociedade veio a receber, efetivamente, cerca de 3,1 milhões de euros e, desse valor, 2,5 milhões não foram aplicados para os fins pelos quais foram concedidos.
De acordo com a investigação, os valores ilicitamente obtidos "terão sido diluídos" no património pessoal dos suspeitos.
O dinheiro foi ocultado através de faturação falsa que envolvia empresas portuguesas, espanholas e holandesas.
Presos pela Polícia Judiciária de Aveiro, os três empresários foram libertados pelo juiz. Têm de prestar cauções de 50 e 100 mil euros. Estão proibidos de sair do País.
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