GNR e Guardia Civil apanham 15 em operação contra o narcotráfico por mar

Uma operação conjunta da GNR e da Guardia Civil espanhola de combate ao tráfico internacional de droga, na zona fronteiriça do rio Guadiana, que se prolongou por três semanas em novembro, resultou na detenção de 15 suspeitos e na apreensão de 1,5 toneladas de haxixe. No balanço da operação 'Diana' contabiliza-se ainda a apreensão de 36 embarcações – nove das quais de alta velocidade -, 1 472 garrafas de combustível, 13 veículos e uma arma de fogo, num 'rude golpe' às estruturas logísticas de apoio ao tráfico internacional de droga por via marítima para Portugal e Espanha.

 Esta operação, que as autoridades asseguram terá "continuidade no tempo", ocorreu um vários pontos de Huelva (Espanha) "bem como em zonas fronteiriças portuguesas", foi esta quarta-feira anunciado. Foi montada após o assassinato do cabo Pedro Manata e Silva, a 27 de outubro, abalroado por uma narcolancha que a GNR e a Guardia Civil perseguiam no rio Guadiana, junto a Mértola.

"O dispositivo foi criado devido à pressão policial exercida na zona de Gibraltar, que obrigou as organizações criminosas dedicadas ao narcotráfico a modificar o seu modus operandi e os locais de descarga da droga, deslocando-se para a fronteira entre os dois países, que coincide com o leito do rio Guadiana", explica a GNR. "A posição fronteiriça deste rio, assim como os múltiplos canais que dele saem, foram considerados pelas organizações criminosas como uma oportunidade para efetuar descargas, utilizando embarcações semirrígidas de grande potência e cilindrada", acrescenta.

GNR e Guardia Civil asseguram que atuam de forma "contínua" e "por terra, mar e ar".

Durante a operação, que terminou a 25 de novembro, foram realizados "mais de 200 pontos de controlo de verificação em diferentes vias de comunicação, controlados mais de 400 veículos e identificadas mais de 900 pessoas".