Greve de anestesistas no Hospital Amadora-Sintra com adesão de 100%

Dados foram revelados pelo Sindicato.

20 de maio de 2019 às 12:06
Hospital Amadora-Sintra Foto: Filipa Couto
Amadora-Sintra Foto: CMTV
Hospital Amadora-Sintra Foto: Sérgio Lemos
demissões, Amadora-Sintra, médicos, Lisboa, Serviço Nacional de Saúde, saúde Foto: Pedro Catarino

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A greve de anestesistas do hospital Amadora-Sintra regista esta segunda-feira de manhã uma adesão de 100%, segundo o Sindicato Independente dos Médicos, que estima que 300 cirurgias sejam adiadas durante os cinco dias de paralisação.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato, Roque da Cunha, disse que "todos os médicos anestesistas estão em greve à exceção da diretora de serviço".

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Além do adiamento de cerca de 300 cirurgias, a greve de cinco dias deverá ainda afetar "dezenas de exames", como TAC, cateterismos ou exames respiratórios.

Os médicos anestesistas do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) iniciaram às 08h00 desta segunda-feira uma greve de cinco dias para exigir a contratação de mais especialistas e condições de segurança clínica.

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Convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, a greve, que termina às 20:00 de sexta-feira, visa reivindicar que a equipa de urgência tenha quatro especialistas para garantir a segurança clínica nas áreas de bloco operatório, bloco de partos, unidade de cuidados pós-anestésicos, reanimação intra-hospitalar e atividades fora do bloco operatório (como salas de TAC ou laboratório de hemodinâmica).

"Os médicos anestesistas do Hospital Amadora-Sintra há vários anos que têm chamado a atenção para a séria e grave limitação de anestesistas por excesso de trabalho sem qualquer tipo de resposta por parte do Ministério da Saúde ou mesmo do Conselho de Administração" do hospital, refere Roque da Cunha.

Nesse sentido, decidiram fazer uma greve por cinco dias, estando "assegurados os serviços mínimos com escalas dos serviços de urgência, lavrados pelos sindicatos, que vão ter mais médicos do que aqueles que ocorrem hoje nos serviços normais".

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"Com isto, nós esperamos que o Ministério da Saúde acorde e que resolva o problema, vincou.

Segundo Roque da Cunha, são necessários "mais especialistas e é preciso um plano para que, quando ocorrem situações de excesso de procura, num hospital com cerca de 120 mil utentes sem médico, onde os anestesistas têm um bloco operatório, bloco de partos, têm imensos exames (TAC, colonoscopias e endoscopias), não se conte" com "a exaustão dos responsáveis" do serviço da anestesia.

Por isso, defendeu, "é fundamental" que as escalas sejam organizadas e que "haja cumprimento dos descansos, porque só dessa forma é que é possível que os médicos ali continuem, porque são muito desejados por parte de outros hospitais".

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