Militares do Exército e da Força Aérea regressam a casa
Heróis regressaram após missão arriscada na República Centro-Africana que durou 6 meses.
Beijos, abraços, lágrimas e saudade. Muita saudade. Foi assim a receção aos 156 militares portugueses que esta quinta-feira voltaram a pisar solo português após seis meses de missão na República Centro-Africana, teatro de operações extremamente difícil, onde arriscaram a vida enfrentando grupos rebeldes e mafiosos armados. O reencontro emotivo levou centenas de familiares ao aeroporto de Figo Maduro.
Para o sargento-ajudante Paulo Soares, a experiência na RCA "vai servir para o futuro", tendo em conta as condições em que o povo vive: "Aprendemos a ser um bocadinho mais humildes, a viver com menos coisas e a ser mais felizes."
Mas a receção aos militares – paraquedistas e 3 militares da Força Aérea – não foi recheada só de emoção. Na hora dos discursos, sobraram elogios "à ação corajosa e brava, num combate intenso e desgastante, física e psicologicamente". Um incentivo de Silva Ribeiro, chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas que recebeu os militares com o ministro da Defesa Nacional. Azeredo Lopes agradeceu as missões cumpridas "com bravura e sem perder a gentileza."
Soldado deve recuperar totalmente a visão
Andriy Tovpenyuk, de 21 anos, retirado de urgência da RCA há uma semana, em risco de perder a vista esquerda devido a acidente na limpeza da G3, recupera bem e deverá manter a visão a 100%. Terá em breve alta médica. Ontem chegaram a Lisboa os outros dois militares que sofreram ferimentos ligeiros na missão. O tenente Morgado foi atingido com uma pedra e o soldado Gregório com um estilhaço de granada.
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