Homicida culpa vítima por crime à facada
Moisés Fonseca nega premeditação.
Moisés Fonseca não se conforma com a pena de 20 anos a que está condenado, pelo Tribunal da Relação, por ter assassinado à facada a ex-companheira Carla Santos, em março de 2013, em Monte Abraão, Sintra. No recurso que apresentou ao Supremo Tribunal de Justiça, Moisés garante que não premeditou o crime e salienta que foi "a vítima a empunhar primeiramente a faca".
Por fim, no recurso, Moisés Fonseca salienta que é licenciado [trabalhava como tradutor da Google] e que por isso tem grande capacidade de voltar a integrar-se na sociedade. Depois de dar uma facada na ex-companheira, o homicida ainda colocou o corpo na banheira com água quente. A defesa dos pais da vítima já contra-alegou o recurso. "Os factos provados no que respeita ao recorrente [Moisés Fonseca] revelam que este matou com uma energia criminosa acima do normal. A morte de esposas e companheiras presentes ou passadas às mãos dos seus cônjuges ou equiparados tem presentemente uma tal dimensão que gera enorme alarme social", é referido no documento da advogada Maria Gouveia Andrade. Um menino de três anos ficou órfão. Está com os avós.
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