Hospital termal abre em 2017 após autarquia garantir gestão
Câmara garantiu a gestão do espaço durante 70 anos e comprometeu-se a investir dois milhões de euros.
Fechadas aos tratamentos com as águas terapêuticas há três anos devido a uma bactéria nas canalizações, as Termas das Caldas da Rainha poderão reabrir em 2017, depois de a autarquia local ter recebido do Estado a gestão do hospital termal por 70 anos, comprometendo-se a investir dois milhões e meio de euros na sua recuperação.
"Estamos perante um marco histórico", disse o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira, sublinhando que o desinvestimento continuado do Estado no hospital termal, fundado pela rainha D. Leonor e em volta do qual a cidade se desenvolveu, "não deixou outras alternativas". Tinta Torres admitiu que a solução "vai ser onerosa para o município", mas vincou acreditar num "futuro risonho, como no passado. "Chegámos a ter 12 mil aquistas a fazer tratamentos nas termas", observou. Tinta Ferreira anunciou também que a primeira ação será a reparação das aduções e canalizações, que permitirá "retomar os tratamentos termais em 2017". Para isso foi aberto o concurso público, no valor de 660 mil euros.
O programa preliminar para o projeto das obras de requalificação do edifício do hospital termal está a ser concluído e a câmara está a desenvolver contactos com instituições sem fins lucrativos para a gestão das termas. Já o Estado só vai começar a receber rendas pela ocupação das termas dentro de 25 anos. O valor é crescente e varia entre 120 mil e 200 mil euros anuais, ascendendo, no total, a cerca de oito milhões de euros. A repartição de lucros, deduzidas as rendas, será de 25%. No caso de cedência do imóvel a terceiros, o Estado irá cobrar 25% sobre o valor dessa subconcessão.
Quanto aos direitos de exploração da água mineral, a autarquia pagará 70% da quantidade de água extraída anualmente, a 20 cêntimos o metro cúbico.
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