Ilibado de morte após ataque gay

Coletivo admite legítima defesa de homem ameaçado para sexo.

06 de maio de 2016 às 08:22
Ilibado de morte após ataque gay Foto: CMTV
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O Tribunal de Guimarães absolveu ontem Cristiano Boguinha, de 45 anos, do homicídio de José Mendes Ferreira, um construtor civil, de 54 anos, em Outiz, Vila Nova de Famalicão, em 2003. Para o coletivo, agiu em legítima defesa quando estava a ser vítima de tentativa de agressão sexual sob ameaça de arma de fogo.

O caso remonta a 5 de março daquele ano. Arguido e vítima encontraram-se no parque 1º de maio, em Famalicão, local conotado com práticas sexuais. Segundo contou o arguido, vendedor ambulante, dirigiu-se ali na esperança de vender meias ao construtor civil, que depois o levou até uma zona erma, em Outiz.O corpo foi encontrado na carrinha, no dia seguinte, e o inquérito arquivado por falta de provas, até que, em 2014, foi reaberto após uma denúncia anónima à PJ. "A versão do arguido tem algumas inconsistências, mas acaba por ser plausível. O Estado vive melhor com a absolvição de um culpado do que com a condenação de um inocente", disse o juiz, não se provando, sequer, que tenha sido o arguido a disparar a arma.

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Aí, José Mendes Ferreira terá puxado de uma pistola 6,35 mm para obrigar Cristiano Boguinha a sexo. Envolveram-se, de acordo com essa versão, numa luta, e José acabou por ser atingido com dois disparos, que se revelaram fatais.

O corpo foi encontrado na carrinha, no dia seguinte, e o inquérito arquivado por falta de provas, até que, em 2014, foi reaberto após uma denúncia anónima à PJ. "A versão do arguido tem algumas inconsistências, mas acaba por ser plausível. O Estado vive melhor com a absolvição de um culpado do que com a condenação de um inocente", disse o juiz, não se provando, sequer, que tenha sido o arguido a disparar a arma.

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O advogado de defesa, Paulo Carvalho, manifestou-se satisfeito com a decisão, enquanto a advogada dos familiares da vítima – que pediam 275 mil euros de indemnização – não quis prestar declarações.

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