As novas provas que apontam Bruno e Mustafá como autores morais do ataque a Alcochete
Procuradora juntou ao processo novas provas que são perícias a telemóveis que só agora foram concluídas.
A procuradora Cândida Vilar juntou ao processo novas provas que são perícias a telemóveis que só agora foram concluídas. Nessas perícias há novas mensagens comprometedoras que podem consolidar a autoria moral do ataque. Os alvos são Bruno de Carvalho e Mustafá.
Mustafá sempre preferiu conversas presenciais. Nunca foi adepto de telefones, evitou mensagens ou apagou o rasto para contornar as investigações.
Durante meses, a GNR tentou encontrar provas que o ligassem ao ataque de Alcochete e o colocassem como o homem que deu a ordem para que os jovens fossem à Academia.
As palavras foram escritas por Mustafá, Nuno Mendes, num grupo do WhatsApp que só agora foi desencriptado. A prova foi junta aos autos e aceite pelo juiz.
Há telefones que nunca chegaram a ser abertos. Mensagens apagadas que nunca foram recuperadas e aparelhos completamente limpos, tal como o caso do telefone do ex-presidente do Sporting, Bruno de Carvalho.
"Queres que vá para cima deles?"
A pergunta do ex-braço direito de Bruno, André Geraldes, é tida algum tempo antes do ataque de Alcochete. O ex-presidente não responde por escrito, as conversas mantidas posteriormente não estão gravadas, mas Cândida Vilar garante que a pergunta refletia a forma de atuar da então direção. Quando os jogadores não se portavam bem, eram apertados. "Queres que vá para cima deles?" foi a pergunta.
No banco dos réus, Mustafá e Bruno sentam-se sempre longe um do outro e não trocaram palavras. Bruno de Carvalho disse mesmo na instrução que não tinha qualquer relação com Mustafá.
"Fui sempre regido por critérios objetivos. Não havia proximidade nenhuma. Era só cumprir o protocolo", disse Bruno de Carvalho.
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