IPMA considera que abalo desta segunda-feira serve de alerta para risco sísmico em Portugal

Sismo foi de magnitude 5.3 na escala de Richter.

26 de agosto de 2024 às 19:52
Sismo xxx Foto: Direitos Reservados
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O chefe da Divisão de Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera disse à Lusa que o tremor de terra esta segunda-feira ocorrido "serve para alertar para o risco sísmico" em Portugal e para o "potencial problema" de determinadas construções.

"Não temos que estar especialmente preocupados, é uma oportunidade para refletirmos, serve para alertar para o risco sísmico", assinalou o geofísico Fernando Carrilho, apontando "questões a montante" preocupantes e o "potencial problema" de casas e infraestruturas antigas que "não estão preparadas para resistir a um sismo".

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Quanto às construções novas, Fernando Carrilho admitiu que a fiscalização no plano de obra do cumprimento da regulamentação antissísmica é "capaz de falhar".

Um sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter, com o epicentro localizado a 58 quilómetros a oeste de Sines, no distrito de Setúbal, foi registado esta segunda-feira às 5h11, sem causar danos pessoais ou materiais.

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O abalo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de pelo menos quatro réplicas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

O terramoto foi sentido em várias zonas de Portugal continental, com maior intensidade nas áreas de Setúbal e Lisboa.

Fernando Carrilho sublinhou que "pequenos sismos" como o de esta segunda-feira podem evoluir para "réplicas mais pequenas" em zonas próximas.

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"Libertam muito pouca energia e não nos salvaguardam de um grande sismo" no futuro, ressalvou.

Há cerca de 15 anos que Portugal continental não registava um sismo tão forte.

Em dezembro de 2009 houve um abalo com uma magnitude de 6.0, mas com epicentro mais distante, 185 quilómetros a oeste de Faro.

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O sismo desta segunda-feira, apesar de ter tido uma magnitude "mais baixa", registou-se "mais próximo de zonas com maior densidade populacional", pelo que foi "mais sentido, por muita gente", frisou Fernando Carrilho.

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