Joe Berardo e advogado André Luiz Gomes indiciados por seis crimes
Empresário madeirense e advogado vão passar mais uma noite na cadeia anexa à PJ, em Lisboa.
Joe Berardo foi ouvido esta quarta-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) pelo juiz Carlos Alexandre. Os advogados de defesa do arguido atrasaram o interrogatório e quiseram consultar processo.
Berardo e o advogado André Luiz Gomes estão indiciados por seis crimes: Falsidade informática, burla qualificada, fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificado, descaminho da coisa pública, falsificação e branqueamento de capitais. Os dois arguidos voltam esta quinta-feira ao 'Ticão' para ser novamente ouvidos e, por isso, permanecem mais uma noite na cadeia anexa à PJ, em Lisboa.
No processo de fraude à CGD estão envolvidos 11 arguidos: Renato Gonçalves Berardo, filho de Berardo, André Luís Gomes, advogado do empresário também detido esta terça-feira, e Carlos Santos Ferreira, ex-presidente da CGD e do BCP. Os restantes seis são empresas, sabe o CM.
O filho do empresário madeirense está entre os 11 arguidos no processo que investiga a fraude milionária à CGD. Há ainda mais familiares do empresário sob suspeita. Em causa está a diluição de património por parte de Berardo passando alguns dos seus acervos para familiares, nomeadamente, para seu filho.
O processo chegou às 17h30 e os arguidos cerca das 16h00. Ao início da noite desta quarta-feira, os advogados estavam ainda a consultar o processo
Saragoça da Matta, advogado do empresário Joe Berardo, não revelou, à chegada ao TCIC, se o arguido, detido na terça-feira, iria prestar declarações ao juiz.
O advogado referiu "não saber o que está nesta investigação", confirmou que "haverá tomada de declarações em interrogatório judicial" e criticou que haja "processos que duram há cinco e seis anos e só depois se lembram de fazer uma detenção".
Retoma esta quinta-feira
Antigo vogal do Conselho de Administração do BES Investimento
João Filipe Espírito Santo de Brito e Cunha, antigo vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, será um dos alvos da investigação mas não foi constituido arguido.
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