Jorge Jesus vai explicar ataque de Alcochete

Juiz declara aberta fase em que advogados podem tentar contrariar a acusação do Ministério Público.

08 de janeiro de 2019 às 08:30
Jorge Jesus Foto: EPA
O treinador Jorge Jesus Foto: CMTV
Jorge Jesus Foto: Fernando Ferreira
Bruno de Carvalho e Jorge Jesus Foto: Paulo Calado

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Jorge Jesus pode ser o trunfo do Ministério Público. A procuradora Cândida Vilar vai requerer a sua inquirição do julgamento, mas alguns arguidos já requereram que fosse ouvido, agora, na fase de instrução. Tudo indica que deverá ter de vir ao Tri bunal do Barreiro no próximo mês de fevereiro.

Explicando: embora a diligência interesse também à acusação, a instrução é requerida pelos advogados de defesa para contrariarem a acusação pública e não cabe ao Ministério Público produzir prova. Poderia fazê-lo apenas o juiz, o que também não é habitual.

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Diferente é se forem os arguidos a pedi-lo. Nesse caso, será uma diligência que terá de ser acompanhada por todos os advogados de defesa dos restantes réus e o depoimento do ex-técnico do Sporting poderá ter valor em julgamento, caso o mesmo se encontre fora do País nessa altura.

Para a acusação, é fundamental o depoimento do treinador que estava à frente dos leões quando a Academia de Alcochete foi atacada, já que está em causa saber-se quem alterou a data do treino. Bruno de Carvalho disse no primeiro interrogatório judicial que foi Jorge Jesus e o mesmo já não pôde ser contraditado porque os prazos para a dedução da acusação estavam a terminar.

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Entretanto, o juiz deverá marcar agora as diligências da instrução que deverão começar em fevereiro. O processo já foi entretanto declarado especialmente complexo, o que alarga o prazo da prisão preventiva e permite que as fases processuais se estendam.

O desejo de Bruno de Carvalho, de que a instrução não acontecesse no Tribunal do Barreiro, mas sim no Tribunal Central, também fica sem efeito. O juiz decidiu que será ele a presidir àquela fase processual, embora tenha também sido ele a estar à frente da fase de inquérito.

Tal acontece porque só há um juiz de instrução no Tribunal do Barreiro.

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Advogados recorrem

O facto de um dos advogados não ter sido notificado acabou por anular a decisão do magistrado, que agora voltou a decidir no mesmo sentido, depois de uma das advogadas dos arguidos o ter requerido.

O CM sabe que vão entrar alguns recursos por parte das restantes defesas a tentarem contrariar a especial complexidade, por já ter terminado o inquérito.

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Novas versões

Fernando Mendes garante ter falado várias vezes ao telefone, nos dias anteriores ao ataque, com o ex-presidente do Sporting.PORMENORES Trinta e oito presos

Trinta e oito arguidos continuam em prisão preventiva pelo ataque de Alcochete. O Tribunal da Relação de Lisboa recusou para já todos os recursos.

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Bruno com caução

Bruno de Carvalho apresentou uma garantia bancária para suportar a caução de 70 mil euros. Mesmo assim tem de se apresentar diariamente às autoridades.

Segurança máxima

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A instrução deverá ter segurança máxima, já que todos os arguidos, se quiserem, podem comparecer.

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