Juíza recusa pedido de novo advogado de Sócrates para adiar o julgamento. Vai ter apenas 10 dias para ler o processo
José Preto, novo advogado do antigo primeiro-ministro, pediu um prazo de cinco meses e meio para conhecer e consultar o megaprocesso da Operação Marquês.
Juíza recusa pedido de novo advogado de Sócrates para adiar julgamento e dá-lhe apenas 10 dias para ler o processo.
José Preto, o novo advogado do antigo primeiro-ministro, tinha pedido um prazo de cinco meses e meio para conhecer e consultar o megaprocesso da Operação Marquês.
A defesa de Sócrates pretendia assim parar o julgamento até ao verão, já que pelo meio há férias judiciais.
Recorde-se de que foi atribuído a José Sócrates um advogado oficioso, José Ramos, depois de Pedro Delille, que representava José Sócrates sensivelmente desde que o antigo primeiro-ministro foi detido no aeroporto de Lisboa, em novembro de 2014, ter renunciado.
Todas as datas agendadas até 18 de dezembro ficam então sem efeito. O julgamento retoma a 6 de janeiro, já depois das férias judiciais da época festiva.
Numa entrevista à CNN Portugal esta quarta-feira, José Sócrates criticou a decisão da Juíza Susana Seca e acusa-a de querer "transformar isto [o julgamento] numa caricatura". O arguido na Operação Maquês alega que os cinco meses e meio pedidos por José Preto "representam o que se chama um processo justo de igualdade de armas".
José Sócrates voltou também a criticar os jornalistas. Fazendo referência à CMTV e à jornalista que o interpelou à chegada a Portugal, depois de ter estado duas semanas em Abu Dhabi, Sócrates insinuou que existe uma 'cooperação' e fuga de informação entre as autoridades penais, nomeadamente o Ministério Público, e o jornalismo. "Quem mais poderia saber que eu estive duas semanas no Médio Oriente?", atira.
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