Julgamento de autarca que engoliu prova junta atores e políticos
Joaquim de Almeida, Pêpê Rapazote e Basílio Horta no julgamento de Luís Carito no Tribunal de Portimão.
Os atores Joaquim de Almeida e Pêpê Rapazote, o presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, e o filho do antigo presidente da República Ramalho Eanes são algumas das testemunhas que foram chamadas para o julgamento do antigo vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, e mais nove arguidos, que começa esta terça-feira, em Portimão.
Joaquim de Almeida, apurou o CM, integrou uma visita ao Festival de Cannes, em maio de 2009, no âmbito de um contrato celebrado, por ajuste direto, entre a extinta empresa Portimão Turis e a Associação Algarve Film Comission, no âmbito do projeto ‘Cidade do Cinema’.
Dos mais de quatro milhões e 600 mil euros em que o ex-autarca e os demais arguidos são acusados de ter lesado o Estado, cerca de um milhão e 850 mil euros dizem respeito ao projeto cinematográfico, que nunca saiu do papel.
De acordo com o Ministério Público, os arguidos Luís Carito, Artur Curado, Luís Marreiros, Carlos Barros e seis sociedades "agiram de forma concertada, em conjugação de esforços e intentos". Os arguidos vão responder por burla qualificada e branqueamento. Luís Carito será ainda julgado por danificação ou subtração de documento por ter engolido um documento durante uma busca da Polícia Judiciária à sua casa.
Serão ouvidos, como testemunhas, a antiga secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, e os gestores Miguel Rodrigues (antigo administrador da ZON) e Luís Pacheco de Melo (antigo gestor da PT).
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