PSP denuncia segurança ilegal

A presença de Pinto da Costa em Cinfães – quando a Operação Fénix ainda decorria – fez soar as campainhas. ‘Paquete’, assim se chama o segurança que acompanhava Pinto da Costa, pertence à SPDE mas também não possui licença para fazer segurança privada. O caso foi de imediato participado pela PSP aos magistrados que investigam a Operação Fénix e deu origem a mais uma queixa-crime.

A PSP também detetou incidentes na chegada de Iker Casillas ao Porto, há cerca de uma semana. No entanto, as ameaças feitas ao jornalistas e o cordão de segurança feito à volta do guarda-redes que vinha do Real Madrid estiveram a cargo de elementos dos Super Dragões. Não há relação com a SPDE.

Segundo o Correio da Manhã apurou, esta não é a primeira vez que Pinto da Costa pede à SPDE para lhe fazer segurança pessoal. O entendimento do Ministério Público e do juiz de instrução João Bartolo é que se trata de um crime – até enumeraram vários casos nos mandados de detenção. Um deles foi um jogo Benfica-Porto, em que Eduardo Silva – agora preso preventivamente – surge muitas vezes ao lado de Pinto da Costa.

A PSP está agora também a tentar delinear uma estratégia no sentido de devolver de uma vez por todas a segurança à noite do Porto. Impedir que apareceram novos grupos é o principal objetivo desta força policial.

As situações de agressão e de ameaças seriam várias e em julgamento, no Tribunal de São João Novo, no Porto, estão, aliás, sete seguranças acusados de agressões a um total de 46 clientes. O processo revela que as vítimas foram agredidas com violência na discoteca La Movida, no Porto, por motivos fúteis. A sentença já esteve marcada, mas foi adiada para setembro, depois de alguns dos queixosos terem pedido para retirar as queixas. Nas escutas da Operação Fénix foram detetadas pressões para este julgamento.