Lousado admite pagar para manter os Correios
Junta de freguesia critica a decisão dos CTT e propõe assegurar o serviço postal em Vila Nova de Famalicão.
A Assembleia de Freguesia de Lousado, Vila Nova de Famalicão, decide esta quinta-feira o futuro do posto de Correios da freguesia, que a administração dos CTT decidiu encerrar no final deste ano.
O autarca Jorge Ferreira já garantiu que a freguesia vai "continuar a ter um serviço que tanta falta faz". Já Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, assegura que também fará tudo o que estiver ao seu alcance.
Uma das hipóteses que está em cima da mesa - e que pode ser esta quinta-feira aprovada - é ser a junta a assegurar o serviço postal nas suas instalações e com funcionários próprios. Paulo Cunha mostra-se igualmente empenhado em manter o posto a funcionar e promete apoiar a autarquia local.
"A câmara admite fazer um investimento para dotar a freguesia de condições infraestruturais para receber esse serviço na sede da junta", referiu o edil. Critica, entretanto, aquilo a que chamou a "tendência" dos CTT de transferirem para as autarquias a gestão dos postos de Correios.
Paulo Cunha pediu mesmo a intervenção do Estado para aferir se a empresa está a cumprir o contrato de prestação daquele serviço público.
Só no concelho de Vila Nova de Famalicão, os CTT anunciaram, nos últimos meses, o encerramento dos postos de Nine, Delães e Riba de Ave.
Em todos os casos, as freguesias conseguiram manter o serviço postal ao dispor das populações, mas à custa do "esforço financeiro" da câmara e das juntas de freguesia.
"Isto não pode ser uma tendência", sublinhou Paulo Cunha. O autarca admite, no entanto, que, "em última instância", essa será a solução também para Lousado, "com grande esforço do orçamento municipal e com uma enorme dedicação da junta de freguesia".
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