Matam taxista e falham fortuna
Ouviram José Adanjo, 78 anos, contar que guardava 19 mil euros ganhos na Lotaria. Asfixiaram o idoso, reviraram a casa, mas não encontraram o cofre.
José Adanjo, 78 anos, continuava a trabalhar no táxi. E outra rotina de que o idoso não abria mão era a da sopa que todas as noites o aconchegava num café do bairro do Rego, Lisboa. Fazia uma vida sem luxo, remediada. Mas descaiu- -se a dois vizinhos sobre o seu segredo – a fortuna que guardava, de dois prémios altos na Lotaria. Foi o seu fim, em abril do ano passado, quando os dois jovens de 20 anos usaram éter para o assassinar. Por nada. Reviraram a casa, mas não encontraram o cofre com mais de 19 mil euros.
Os dois homicidas, ambos em prisão preventiva depois de terem sido apanhados pela PJ, foram agora acusados, pela Unidade Especial de Combate ao Crime Violento do DIAP, por homicídio qualificado e roubo. Arriscam a pena máxima.
Vítima e homicidas conheceram-se ao jantar no café Salgadinho, onde José Adanjo ia todas as noites comer uma sopa. Valdemar e Miguel ouviram o taxista deixar escapar que tinha muito dinheiro num cofre em casa. Compraram éter etílico numa farmácia do bairro e, às 23h00 de 28 de abril, fizeram uma espera à porta do apartamento do idoso.
Manietaram-no e colocaram-lhe na boca um pano com éter, deixando-o sedado e impedido de pedir socorro, morrendo asfixiado. Retiraram-lhe a chave de casa, abriram a porta e carregaram a vítima em braços. Reviraram tudo, mas não encontraram a fortuna. Fugiram só com 100 euros e um telemóvel da vítima.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt