Menos dádivas de sangue

Das 817 inscrições para dádiva de sangue previstas para terça-feira, só se realizaram pouco mais de 500. Foi desta forma que o Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) ilustrou esta quarta-feira o alerta para a quebra de colheitas, causada pelas recentes notícias que dão conta do desperdício de plasma em Portugal.

O presidente do IPST, Hélder Trindade, assumiu preocupação com o tema porque "vai influenciar de forma negativa a opinião pública e os dadores, sobretudo numa altura complicada em que está a iniciar-se o verão", altura crítica para as dádivas.

"Temos feito um trabalho o mais correto e o mais célere possível para termos plasma inativado português, algo nunca feito até agora, e vemo-nos enrolados nesta teia", disse Hélder Trindade, numa audição na Comissão Parlamentar de Saúde.

Também António Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Hospital de São João (Porto) foi ouvido pelos deputados. O representante assegurou que a unidade "não ganha dinheiro" com o plasma dos seus dadores, referindo-se a notícias que davam conta de um contrato com a Octapharma, e defendeu ainda que "não há nenhuma ilegalidade" em misturar este componente com o de estrangeiros.