Ministério da Justiça faz-se passar por pirata informático, engana juízes e funcionários, e gera caos nos tribunais
Alegada mensagem fraudulenta levou a Procuradoria-Geral da República e o Conselho Superior da Magistratura a emitirem alertas.
O serviços do Ministério da Justiça fizeram-se, esta quarta-feira, passar por piratas informáticos e enviaram alegadas mensagens fraudulentas para roubo dos acessos de funcionários judiciais, procuradores e juízes. Segundo apurou o CM, a ação "enganou centenas e perturbou o normal funcionamento dos tribunais em todo o País", tendo levado até o Gabinete de Cibersegurança da Procuradoria-Geral da República e o Conselho Superior da Magistratura a emitirem alertas, julgando tratar-se de um ataque de 'hackers'.
O email foi enviado pelo Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça (IGFEJ) para os endereços profissionais de cada um dos trabalhadores. Sob a justificação de uma "atualização urgente dos servidores", estes teriam de validar a conta, transmitindo o nome de utilizador e palavra-passe. E, sabe o CM, houve juízes e oficiais de Justiça que não passaram no teste, fornecendo os dados aos supostos criminosos.
Quem encaminhou o email para o IGFEJ foi felicitado: "O procedimento que adotou, de nos reportar uma mensagem de correio eletrónico suspeita, foi o correto". A resposta explicava ainda que estava em causa uma iniciativa com o objetivo de "consciencializar os utilizadores da Rede de Comunicações da Justiça" para os perigos deste tipo de contactos.
Ao CM, o Ministério da Justiça confirmou a "ação preventiva" e garante que "todos os órgãos de gestão das comarcas, bem como os dirigentes dos organismos da Justiça, foram previamente e devidamente informados".
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