MP acusa elementos dos Super Dragões de “associação criminosa para subverter futebol”

Acusação aponta ‘Aranha’, chefe dos Super Dragões, e outros cinco arguidos como mentores de máfia de apostas.

30 de outubro de 2018 às 13:37
Carlos Silva, ao centro, acompanhado por Gustavo Oliveira (à direita) e o advogado de ambos, Nélson Sousa Foto: Paulo Calado
Abel Silva, campeão do Mundo Foto: Paulo Calado
Bola de Futebol Foto: Getty Images
Bola de Futebol, futebol. desporto Foto: Getty Images

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Uma "associação criminosa formada para subverter o futebol". Foi desta forma que a procuradora do Ministério Público Ana Cristina Vicente qualificou esta segunda-feira um grupo de seis arguidos que estão a ser julgados no processo Jogo Duplo, chefiado por ‘Aranha’ – alcunha do chefe dos Super Dragões, Carlos Silva –, que, segundo a magistrada, seria a cúpula portuguesa de uma rede malaia de apostas de futebol em jogos da II Liga portuguesa.

Além de Carlos Silva, estão inseridos no grupo o empresário Gustavo Oliveira e os antigos futebolistas Rui Dolores, Hugo Moedas e João Carela.

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"Eram eles que mantinham os contactos com três investidores malaios, para subornar jogadores para as apostas fraudulentas", considerou a procuradora, nas alegações finais, em Lisboa.

Face à prova produzida, Ana Cristina Vicente defende penas de "prisão efetiva para os seis arguidos".

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Para os outros 21 acusados, entre os quais está Abel Silva, campeão do Mundo de sub-20, em Riade, que foi apanhado a receber 30 mil euros dos malaios, o MP pede condenação a penas suspensas mediante pagamento de indemnizações fixadas pelo tribunal.

Falavam por videochamada com malaios

Em concreto, a magistrada descreveu mesmo que Carlos Silva (‘Aranha’) e Gustavo Oliveira levaram vários jogadores aliciados a falar com os três apostadores malaios, chefes da rede de apostas, sempre por videochamada.

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Foi pedida a interdição de atividade para jogadores, treinadores e dirigentes arguidos, e para a SAD do Leixões.

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