Mulher acusada de explodir casa com gasolina

Advogado diz que arguida só pretendeu incendiar a casa e não queria danificar carros. Caso ocorreu em Portimão.

06 de dezembro de 2018 às 10:27
Incêndio ateado com gasolina, provocou explosão no 7º andar do lote 1 da avenida 25 de abril, em Portimão Foto: Nuno Alfarrobinha
Incêndio ateado com gasolina, provocou explosão no 7º andar do lote 1 da avenida 25 de abril, em Portimão Foto: Nuno Alfarrobinha
Incêndio em prédio de Portimão Foto: CMTV
Incêndio em prédio de Portimão Foto: CMTV

1/4

Partilhar

Foi com um ar sereno e até um pouco ausente que Ancha Martins, a mulher de 38 anos que está acusada de ter feito explodir com gasolina o apartamento onde vivia, na avenida 25 de Abril, em Portimão, a 23 de maio passado, assistiu esta quarta-feira de manhã, no Tribunal de Portimão, ao debate instrutório.

O Ministério Público sustenta que a arguida deve ser pronunciada pelos crimes de incêndio e de dano qualificado, de que está acusada, e que deve continuar em prisão preventiva, na cadeia de Odemira.

Pub

Já o advogado de Ancha entende que esta não deve ser acusada pelo crime de dano qualificado - suscitado pelos prejuízos causados em viaturas, na rua, e num toldo -, por entender que esses danos resultam do crime de incêndio.

"Este acaba por consumir os factos relativos ao dano qualificado", sustentou. O defensor de Ancha considerou ainda que deve ser alterada a medida de coação, para uma menos gravosa.

Pub

A questão da avaliação psicológica da arguida, que foi indeferida pelo tribunal, será, eventualmente, suscitada durante o julgamento. A decisão do juiz sobre o debate instrutório será conhecida no próximo dia 14 de janeiro. Ancha Martins não estará presente, pois pediu para não comparecer.

PORMENORES

Ia ser despejada

Pub

O apartamento tinha sido penhorado pelo banco e a mulher foi notificada de que, a 29 de maio deste ano, a agente de execução iria tomar conta do imóvel. Confrontada com a iminência do despejo, a arguida fez explodir a casa, no 7º andar.

Sete litros de gasolina

Segundo a acusação, a arguida derramou sete litros de gasolina em vários "locais dos quartos, ateando-lhes fogo", o que "causou uma forte explosão". Antes, Ancha colocou os seus bens em sacos e deixou-os no patamar exterior do apartamento.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar