Termina o primeiro dia do interrogatório de Rangel e Fátima Galante

Juizes pedem acesso alargado ao processo para deporem na Operação Lex.

08 de fevereiro de 2018 às 10:12
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel e Fátima Galante chegam ao Supremo Tribunal de Justiça Foto: Mariline Alves
Rangel à saída do Supremo Foto: Mariline Alves

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O juiz Rui Rangel e a ex-mulher, Fátima Galante, também ela juiza desembargadora, estiveram esta quinta-feira no Supremo Tribunal de Justiça para serem ouvidos no âmbito do processo da Operação 'Lex', onde entraram por volta das 09h50.

Rangel esteve durante a tarde no Supremo Tribunal de Justiça, onde também passou a manhã, tendo o interrogatório sido suspenso para o almoço e findado por volta das 16h00. No entanto, nem ele nem Fátima Galante chegaram a prestar declarações.

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Os arguidos e seus advogados saíram à hora de almoço por uma porta lateral do tribunal, diferente daquela por onde entraram de manhã, tendo o advogado Paulo Sá e Cunha explicado aos jornalistas que essa decisão visou "evitar a exposição".

O advogado de Rui Rangel, João Nabais, garantiu ao CM que está à espera de ter acesso a mais elementos da acusação para decidir se o seu cliente irá ou não prestar declarações. 

"Nós suscitámos um conjunto de questões procedimentais que têm a haver com acesso a documentação e prazos. Para nós é determinante saber se podemos ter acesso aos indicios e aos elementos de prova para depois decidirmos que posição adotar", explicou à saída do Supremo Tribunal de Justiça para a pausa de almoço.

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O advogado adiantou que Rui Rangel ainda não começou a ser interrogado pelo juiz conselheiro Pires da Graça e pelo procurador Paulo Sousa, tendo estado, na manhã de quinta-feira, a consultar "o acervo indiciário".

João Nabais sublinhou que "os indícios estão suportados em elementos de prova que são vastíssimos", por isso a defesa do juiz desembargador quer ter "o máximo acesso a esses elementos".

Nabais garantiu ainda que Rui Rangel está tranquilo e com um "estado de espiríto positivo", apesar de tudo o que se está a passar.

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"Queremos ter acesso aos elementos de prova e só depois é que decidimos que posição adotar e se prestamos ou não declarações" 

Rui Rangel começou a ser ouvido pelo procurador de instrução Pires da Graça cerca das 11h00 de hoje. Apesar de chegarem juntos, Rangel e a ex-mulher fizeram-se acompahar cada um pelo seu advogado. Apenas o juiz foi ouvido esta quinta-feira.

Recorde-se que Rui Rangel e Fátima Galante estão indiciados por crimes de corrupção/recebimento indevido de vantagens, de branqueamento, de tráfico de influência e de fraude fiscal. Os dois juizes foram suspensos preventivamente das suas funções pelo plenário do Conselho Superior da Magistratura, que também suspendeu a promoção ao Supremo Tribunal de Justiça de Fátima Galante.

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Até ao momento, foram constituídos 13 arguidos na Operação 'Lex', sendo que Rui Rangel e Fátima Galante são apontados como os principais intervenientes no processo. Também Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, Fernando Tavares, vice-presidente das águias e João Rodrigues, ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, foram constituídos arguidos. 

Cinco dos arguidos que se foram detidos já foram ouvidos, na semana passada, no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade.

Na operação foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes.

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