Padrasto abusa e mãe é cúmplice
Mãe da criança constituída arguida por saber e não denunciar.
Os abusos sexuais ocorreram ao longo de três anos, numa casa em Alpiarça onde a menor de 13 anos residia com a mãe e o companheiro desta.O homem, de 30 anos, foi agora detido pela Polícia Judiciária pela prática de vários crimes de abuso sexual de criança e vai aguardar julgamento em prisão preventiva, depois de ter sido ouvido por um juiz de instrução criminal no Tribunal de Santarém, durante a tarde de terça-feira.
A mãe, de 32 anos, também foi constituída arguida, por alegadamente ter conhecimento da relação íntima entre o suspeito e a vítima, sem nunca ter feito participação do caso às autoridades. Segundo o CM apurou, a mulher admitiu que já tinha ordenado ao companheiro de longa duração para parar com aquele comportamento.
A menor, que começou a ser abusada aos dez anos de idade, foi retirada à família e vai ser institucionalizada.
A denuncia do caso à PJ partiu da GNR de Alpiarça, vila onde vários vizinhos e moradores estranhavam a relação de proximidade que o padrasto e a menor exibiam em público, nomeadamente em cafés e bares que frequentavam.
Segundo um comunicado da Judiciária, os abusos foram consumados "com muita frequência" pelo arguido, que se aproveitou da "proximidade e relação de confiança" com a criança.
O suspeito e a mãe, ambos sem emprego regular, mantinham uma relação há muitos anos. O detido tem antecedentes criminais, mas não por ilícitos de natureza sexual.
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