Pai de Valentina fica 14 dias de quarentena na cadeia anexa à PJ de Lisboa
Duas outras cadeias não garantiram a segurança de Sandro.
Sandro Bernardo deu entrada ontem no estabelecimento prisional anexo à PJ, em Lisboa, onde ficará pelo menos as próximas duas semanas. Estará isolado. Não só a cumprir a quarentena de 14 dias obrigatória (por causa da pandemia da Covid-19) a todos os reclusos que entram no sistema prisional, mas também para sua proteção.
Estava previsto que o pai de Valentina, indiciado pelo homicídio à pancada da menina de 9 anos, fosse para a ala F do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), um setor dessa prisão que foi esvaziado nos últimos dois meses para receber presos preventivos em isolamento sanitário.
Atualmente é ocupada por 45 reclusos. Esta quarta-feira foi realizada uma reunião entre a diretora do EPL e a chefia dos guardas para que fosse dada especial atenção a Sandro, para evitar que fosse alvo da violência dos outros reclusos. Não ficou na cadeia em Leiria porque a direção manifestou reservas e dificuldades em garantir a segurança do homem de 32 anos.
Precisamente por se temer que pudesse ser alvo do mesmo tratamento no EPL, os serviços prisionais optaram por um isolamento completo na cadeia anexa à PJ. Estará sozinho numa cela, onde tomará as refeições, e terá uma hora no pátio por dia, desencontrada dos outros reclusos. Mais tarde poderá ser mudado de cadeia.
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