Pai de menina exige 50 mil euros a professor pedófilo

Arguido alegou estar doente para faltar ao julgamento em Braga. Arrisca dez anos de prisão.

07 de maio de 2019 às 01:30
Tribunal de Braga Foto: Eduardo Martins
Tribunal de Braga Foto: Eduardo Martins
Tribunal de Braga Foto: Secundino Cunha
Tribunal de Braga Foto: Eduardo Martins

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A família da aluna, na altura com 14 anos, abusada pelo professor de educação física, numa escola pública de Braga, diz que a menina está fragilizada e que, até hoje, mais de dois anos após os abusos de que foi vítima, tem de ser medicada com antidepressivos.

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O pai constituiu-se assistente no processo e pede que o docente seja condenado a pagar uma indemnização de 50 mil euros.

Esta segunda-feira, o professor de 50 anos, acusado de um crime de abuso sexual de menor dependente, de trato sucessivo, faltou ao julgamento. Alegou estar doente, mas o tribunal decidiu, mesmo assim, arrancar com a sessão.

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O arguido, com 30 anos de serviço, foi afastado do ensino. Contestou o despedimento e recorreu para o Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Braga.

O caso remonta ao início de 2017. Na acusação, o Ministério Público de Braga defende que o docente, que era diretor de turma da menina, se aproveitou da posição que ocupava para abusar da aluna.

Foram as colegas da menor que denunciaram o caso à direção da escola - após terem encontrado mensagens de cariz sexual no telemóvel da amiga.

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O professor foi detido pela PJ de Braga e manteve-se sempre em silêncio. Arrisca agora uma pena que pode ir até aos dez anos de prisão.

PORMENORES 

Está em liberdade

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O professor foi detido pouco antes do início do ano letivo, em setembro de 2017, pela Polícia Judiciária de Braga. Foi libertado pelo juiz de instrução, mas foi afastado do ensino e ficou proibido de contactar a aluna.

Despedido em 2018

Quando o MP de Braga deduziu acusação contra o docente, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência pediu ao Tribunal o despacho, para avançar com um processo disciplinar. A defesa do arguido opôs-se ao pedido, mas a juíza autorizou-o e, em abril de 2018, o professor teve como pena a demissão.

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