Passageiros protestam contra falta de barcos da Soflusa
Supressão diária de embarcações na ligação entre o Barreiro e Lisboa prejudica milhares de utentes.
O Ministério das Finanças deu luz verde à Soflusa para contratar seis marinheiros, por forma a reforçar o serviço de transporte fluvial entre o Barreiro e Lisboa.
Mas não é suficiente para resolver o problema da falta de pessoal para operar nos barcos, pois a autorização cobre menos de metade do pedido da Soflusa: 12 marinheiros e maquinistas e três trabalhadores para as bilheteiras.
A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Barreiro (CUSPAS) critica a falta de meios e realiza esta sexta-feira uma ação de protesto no terminal da Soflusa, na estação sul e sueste, em Lisboa.
A Comissão de Utentes considera que a situação na Soflusa é de "completo caos, com graves consequências para os utentes".
"São constantes os atrasos e a supressão de carreiras, sobretudo às primeiras horas da manhã. Os utentes veem assim a sua vida prejudicada e com sérios prejuízos no cumprimento dos seus horários de entrada nos seus empregos e escolas/universidades", salienta a CUSPAS.
A Comissão de Utentes diz ainda que esta situação decorre "da total ausência de investimentos na renovação da frota e da não contratação de pessoal".
A Soflusa diz que as perturbações de serviço que se têm registado na ligação fluvial Barreiro–Terreiro do Paço devem-se aos atuais constrangimentos laborais, resultantes do agravamento das já conhecidas limitações de recursos humanos na empresa.
"Neste momento não nos é possível prever a reposição da normalidade operacional, pois foi apresentado um pré-aviso de greve às horas extraordinárias", diz a empresa.
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